quarta-feira, 16 de novembro de 2016

OSTENTAÇÃO BABACA

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Somos um povo que compra artigos supérfluos em prestações. (e parcelamos em dez ou mais vezes). Mesmo os pobres, como sabem os vendedores de varejinho, costumam gastar muito além de suas posses apenas para parecer estar uma classe social acima de sua condição, possivelmente para impressionar amigos, vizinhos. Certo dia percebi que após atender o telefone (um bem velho e usado que estava usando temporariamente), notei em vendedora de uma loja me olhando com desdém. Ela parecia interessada em deixar de me atender , notei que o celular que ela usava era um modelo de último tipo e que certamente deve ter comprometido gravemente sua renda de vários meses, afinal ela deve ganhar o salário do comercio e a compra daquele celular deve ter comprometido vários meses do seu salário.
Ter um celular muito caro confere a ela a sensação efêmera de ser melhor do que eu. Nesse aspecto, para a mente dela, o celular é uma extensão dela. É como aquele carinha que dirige feito louco, como se estivesse protagonizando um filme de ação hollywoodiano. Ou o sujeito que gasta uma nota preta para comprar o maior carro (em dimensões) que ele conseguir, porque para ele, tamanho É documento mesmo que esteja com todos os cartões estourados e sem um níquel na poupança .
Diariamente somos medidos e avaliados, por muitas pessoas, pelo número de coisas que possuímos, e pelos bens que ostentamos, pela forma como nos vestimos.
Hoje, se você não tiver o último (e caro) celular da moda, dependendo do seu círculo social, podem zombar de você.

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