quarta-feira, 24 de agosto de 2016

SÓ A LUTA MUDA A VIDA

O povo é levado a pensar que a “política” se reduz às disputas eleitorais e acontece apenas de quatro em quatro anos, ou de dois em dois, já que eleições nos municípios não coincidem com as estaduais ou federais. O momento exige uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança radical no “desenvolvimento” das cidades. Este deve existir a partir das necessidades dos trabalhadores e das camadas populares, maiores vítimas da exploração e do caos urbano gerado pelo capitalismo. Afinal de contas, sentimos na pele a queda da qualidade de vida pelo aumento da violência e das doenças, pela desigualdade de acesso à educação, ao conhecimento e à cultura, pela destruição do meio ambiente. Não podemos  fazer parte do jogo sujo que transforma os partidos políticos em meros fantoches de grandes grupos econômicos que não se importam com os trabalhadores. Afinal de contas, o trabalhador vem  sendo alijado dos fóruns de decisão e cada vez mais se tornando massa de manobra em favor dos interesses dos poderosos. Ganhar eleições através da compra de votos, de falsas promessas, de políticas inconsistentes que transformam tudo em jogo eleitoral  afastam a participação popular após o pleito, e transforma o eleitor  num  “consumidor” de candidatos transformados em “mercadoria” pelo marketing e as conveniências do momento. A política não se esgota no voto, não se limita à época das eleições. Os trabalhadores devem fazer política o ano todo, organizando-se, lutando e debatendo tudo que lhes diz respeito como o orçamento público, a educação, a saúde, os transportes, a cultura, a assistência social, a reforma urbana e agrária, a preservação ambiental. E principalmente uma nova sociedade, sem explorados nem exploradores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário