Artur Porto, responsável pela coluna literária do blog Acentelha |
Quando o ser místico das
palavras nasceu no Recife senti a plenitude, daquilo que eu queria ser
poeta para o resto da vida sem precisar de rima ou métrica e fiz nascer
a minha viva poesia sem jamais ter experimentado dessa arte secular que
é a arte de amar.
Nas entrelinhas da vida escrevi um pouco sobre a
minha terra com toda a minha libertinagem vou correndo atrás das minhas
ideologias e até quem sabe dos meus sonhos de amor, senti o néctar de
muitos sorrisos, senti o aroma da minha liberdade quando num surto de
melancolia e nostalgia parti em busca do impossível carinho as margens
dos rios que banharam a minha infância, senti a rainha das águas a me
abençoar como uma resposta de um pedido que eu fiz ao tempo e que jamais
eu ousarei confessar, foi no meu momento num café onde eu tive nos meus
tempos idos o meu momento de maior lucidez foi quando eu prometi pra
mim mesmo que eu iria parar de vender sonhos e comecei a escrever sobre o
universo mais cândido que ficou preso nas minhas retinas tão fatigadas
de não sentir sobre mim teu corpo de mulher, cheirando a flor de
laranjeira quero sentir o teu beijo se perder na minha boca como se
fosse uma hóstia sagrada.
Vou me embora pra bem longe, quero
conhecer novos mundos, respirar novos ares , sentir novos horizontes
como se fosse a derradeira flor que nasceu no meu jardim , não quero
mais saber da poética que escravize , eu quero é definir os nomes que eu
carrego dentro de mim nessa sempre e funda ternura que a minha alma
exalta e se não fosse isso eu mesmo seria uma inércia sem perspectiva de
uma evolução.
Muitos, me chamam de mestre das palavras, isso eu
não sou mais aceito de bom grado o talento que ,eu ouso ter, e Deus me
fez ser um homem de muitas vertentes de sonhos juvenis que carrego no
meu peito sem ter medo dessa coisa de verdade que os olhos sempre vão
trazer a última chama farei uma incursão as minhas primitivas fantasias
que se despe sem ter a vergonha de tirar a sua própria máscara e fazer
um grandioso poeta a ti Manuel Bandeira o mestre das palavras o nosso
muito obrigado.
Artur Porto
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